quarta-feira, 28 de junho de 2017
segunda-feira, 26 de junho de 2017
Não é gente
Desabafos de um operário
Por *Almir Santista
Não é gente...
O seu mentiroso e extenso texto já não me convence
O seu discurso morno e erudito com seu corretíssimo português nada me diz
Seus milagres não me convertem
Seus sorrisos não me deixam feliz, golpista infeliz
Não me interessa suas cotas
Nem mesmo suas notas
E seus kits de esgoto a céu aberto e paredes "madeirite" estão longe do que um dia eu quis
E a falta de respeito com minha classe não condiz
Com as promessas feitas
Mas as feras só se revelam depois de eleitas
Se arrependa , se renda
Não dá mais pra você entenda
Cedo ou tarde a justiça será feita
Não relute...cale-se e escute boçal, assassino social
Ninguém mais acredita em suas mentiras em rede nacional
Seus apoios te deixam cada vez pior
Suas medidas e reformas somente visam retirar os direitos frutos do meu derramado suor
Sua popularidade em baixa tá cada vez menor
Sua opinião é dispensável
A revolta do povo irreversível
A força das massas...irresistível
Renuncie enquanto ainda há tempo, ser desprezível
Ceda e nos conceda um parecer favorável
Não se imagine inatingível
Ou imperceptível
Já que toda revolução é impossível
Até se tornar inevitável
Sua conduta deplorável
Levou o desemprego ao mais alto nível
E o mais incrível é sua falta de ética
Você e seu congresso comprado
Seis milhões por voto dado
Não me convidou para jantar
Duzentos mil impedido de se manifestar
Balas de borracha, gás de pimenta...opressão militar
Choque...trabalhadores tratados como bandidos
O Moro manda prender
O Mendes manda soltar
O Maia manda oprimir
O Aécio manda matar
O Temer da o veredito...quem tem rabo preso obedece
Manda quem pode pagar
Mesmo com dinheiro público...pagando semanalmente pro Cunha se calar
Suborno e extorsão...Lava Jato e Mensalão
Facistas fascinantes fascinando a multidão
Reacionários piorando ainda mais a situação...roubaram e agora a conta sobra pros pobres
Enriqueceram as custas da população
Agora jogam a culpa em um só partido...que por conveniência se aliou a antigos inimigos
E pensava que não tinha perigo
A dois passos da ditadura
Colaboração de classes...a essa altura
Analisa a conjuntura e agora é de esquerda...jura
E ainda não aprenderam a lição
Companheiro é companheiro
Trabalhador é trabalhador
Explorador é explorador...e a greve geral é a revolta dos que se cansaram da exploração
A senadora disse que essa reforma é sem precedentes
Isso acontece porque o presidente
Não é gente....não é gente da gente
*Almir Santista é operário vidreiro e diretor do Sindicato dos Vidreiros de São Paulo
sexta-feira, 23 de junho de 2017
Nada será como antes, mas muito se repete
Nota
Política do MOVIMENTO LUTA PELO SOCIALISMO (M-LPS)
“A crise
econômica mundial se agrava.
A desocupação aumenta. Em quase todos os países,
o
capital internacional desencadeou contra a
classe operária uma ofensiva
sistemática,
cujo objetivo confessado é antes de tudo reduzir os salários
e
depreciar as condições de existência dos trabalhadores (...)
Por outro lado, a
ofensiva capitalista suscita nas massas
operárias uma tendência espontânea à
unidade que nada poderá conter.
(Teses sobre Frente Única, 4º Congresso
do Comintern, 1922).
Apresentação
Apresentamos a seguir reflexões sobre algumas das principais questões da conjuntura contribuindo para o
debate político do amplo movimento operário brasileiro, analisando a conjuntura e os desafios da Esquerda
Socialista no Brasil. Constatamos que nesta situação de imprevisibilidade onde a cada dia
fatos surpreendentes e inesperados a pouco tempo o são em verdade a tendência e ao mesmo tempo nos
deparamos com os mesmos dilemas históricos da história da luta dos
trabalhadores e do proletariado por sua emancipação.
Travestida de modernidade
e "realismo político" a velha política menchevique da colaboração de classes é apresentada com nomes e fórmulas como novidade. E a cada fato político se colocam em
confronto reforma e revolução. Qual o caminho para avançar? Novamente e de
forma mais aguda estas posições se enfrentam impondo a reflexão sobre qual a
estratégia e as táticas mais adequadas para o movimento avançar.
A Situação
24 de maio, 150 mil Ocupam Brasilia |
A situação política está cada vez mais polarizada,
exacerbando as lutas de classes, de um lado, milhares de trabalhadores
agrupados em suas organizações sindicais e movimentos sociais, representando a
vontade da esmagadora maioria da população brasileira que rechaça o
governo do ilegítimo Temer e suas reformas ultra reacionárias da Previdência e
Trabalhista e inicia um movimento pelo direito democrático de eleger seus representantes, expressas na palavra de ordem de
Diretas Já. Do outro lado, uma burguesia parasitária, associada ao imperialismo
e ao grande capital financeiro – apoiada por um Congresso controlado por
ladrões e corruptos, por um judiciário partidário e seletivo e pela grande mídia - e que quer impor, cada vez mais, pela
força do Estado recorrendo a medidas de exceção e policialescas. Estão dispostos a tudo e não vão hesitar um instante - a não ser que sejam barrados pelo movimento de massas - em aplicar todas as medidas brutais da repressão e criminalização
contra o movimento operário organizado que resiste bravamente e que passou para
a ofensiva na luta de classes.
O Movimento Luta Pelo Socialismo (M-LPS) em sua
declaração política datada de 18 de maio de 2017, “Todos à Brasília”, já abordava de forma concreta uma das
principais lições a extrair dessa virada na luta de classes:“A greve geral de 28A foi uma greve de massas, paralisando
40 milhões de trabalhadores e considerada a maior greve geral ocorrida no
Brasil, provocando uma reviravolta na situação política. A greve tirou sua
força na espontaneidade das massas, cuja intervenção nos acontecimentos
políticos, retirando a iniciativa até então nas mãos da burguesia para a ação
diretas das massas”.
A crise política operou uma modificação preliminar na
correlação de forças entre as classes neste imenso tabuleiro de xadrez em que
se transformou a política nacional.
Desde o 15 de
março que a maré enchente contra o governo Temer e suas reformas não parou de
crescer, desembocando na grandiosa greve geral de 28 de abril, na manifestação
popular em Curitiba contra a criminalização do Lula, em 10 de maio. Em 24 de
maio, 150 mil trabalhadores presentes na marcha do Ocupa Brasília. No Rio, em
28 de maio, domingo, gigantesca manifestação com mais de 150 mil pessoas em
Copacabana em um grande comício pelas Diretas Já, mobilizando agora setores das
classes médias, da pequeno burguesia e da massa de assalariados não fabris. O
mesmo em São Paulo, Porto Alegre, Recife onde comícios musicais pelas Diretas
Já e contra as reformas de Temer agrupam dezenas de milhares de pessoas. No
Brasil inteiro manifestações de todo tipo. Greves parciais e localizadas
eclodem também. É um fato inquestionável que mais de 90% do povo brasileiro rechaça o
governo Temer, o Congresso dos ladrões e as contrarreformas que destroem
direitos fundamentais dos trabalhadores.
A ofensiva
capitalista contra os trabalhadores, que se aprofundou desde a capitulação de
Dilma às exigências do mercado – o estelionato eleitoral onde rasgou o programa
moderado de reformas em favor das contra-reformas – e que teve seu auge no
período posterior ao impeachment com a instalação do fantoche Temer na presidência suscitou nas massas operárias e em toda a classe trabalhadora “uma tendência espontânea à unidade que nada
poderá conter”. A Frente Ùnica do proletariado contra a burguesia se impôs.
Todas as organizações da classe trabalhadora, a Frente Brasil Popular, a Frente
Povo Sem Medo, as Centrais Sindicais, passaram ao combate contra o inimigo
comum. Assim, sob pressão das massas, as direções sindicais e partidárias,
muitas delas prisioneiras do reformismo e das políticas de colaboração de
classes, foram obrigadas a irem mais longe do que desejavam aumentando a
confiança da classe trabalhadora em suas próprias forças.
Ressaltamos que a qualquer momento também as direções reformistas e oportunistas poderão recuar, negociando com o governo ilegítimo ou mesmo se declarando a favor da Greve Geral e concretamente não mobilizando.
Essa onda de
choque levou a uma liberação de forças centrífugas no campo da classe
dominante. A patronal e suas organizações de classe estão divididos no que
fazer para sair da crise. O “triunvirato” esdrúxulo - formado pelo judiciário
bonapartista, a mídia plutocrata e os representantes políticos da burguesia no
parlamento, envolvidos em denúncias de corrupção na Lava Jato e no MPF - que manobrou,
manipulou e comandou o assalto ao poder para colocar o estafeta na presidência,
começa a desmoronar como um castelo de areia. O que menos
existe entre a burguesia e seus representantes políticos é consenso. Querem as contrarreformas,
mas não sabem o que fazer para impô-las com Temer ou sem Temer contra a esmagadora
maioria do povo brasileiro. Querem a eleição indireta para a presidência mas
não tem a legitimidade para escolher um substituto para o “morto” Temer. Com
sua recusa em renunciar, Temer aumenta cada vez mais a temperatura da crise
política.
A classe
trabalhadora e sua vanguarda que estavam divididas e pulverizadas em várias
centrais sindicais e organizações políticas buscaram o caminho da unidade para
fazer frente ao brutal ataque da burguesia e de seu governo ilegítimo em tentar
tirar todos os direitos do povo consagrados em lei. Inversamente, a direita,
que tinha unificado a burguesia na aventura do assalto ao poder, na
criminalização da Esquerda (que já começara no governo Dilma com a lei
anti-terrorismo) e no aprofundamento do ajuste fiscal que se concentra nas
contra-reformas reacionárias, acabou por se desagregar com a avalanche das
denúncias de corrupção envolvendo todas as suas lideranças políticas.
A luta contra as reformas reacionárias e Diretas
já: o mesmo combate
O pacto da
Constituição de 1988 acabou, esse é a principal resultante da situação
aberta desde junho de 2013. O agravamento da crise levou “os de cima” a
disputas fraticidas entre suas várias frações. A aposta da burguesia em impor a
ferro e fogo um ataque sem precedentes aos direitos e conquistas da classe trabalhadora, tendo como ponta de lança um governo ilegítimo e um Congresso de uma maioria de
picaretas, resultou na entrada em cena do proletariado.
É o
desenvolvimento desta situação que une o combate contra esse brutal ataque, a
luta pelas liberdades democráticas, ou seja, contra a criminalização dos
ativistas e militantes dos movimentos sociais e sindicais com a luta para pôr
abaixo este governo. Numa nação dominada pelo imperialismo como o Brasil, a
burguesia não vai até o fim na defesa direitos democráticos, ao contrário
invariavelmente nos momentos de crise lançam mão de medidas de estado de
exceção; é o que assistimos desde o impeachment. Outro ensinamento da história é
que raramente os reformistas vão até o fim na luta pelos direitos democráticos.
Primeiro Comício Diretas Já Convocado pelo PT em 1983 |
“Não é preciso que as palavras de ordem
democráticas não têm como objetivo uma aproximação do proletariado com a
burguesia republicana. Pelo contrário, preparam o terreno para a luta vitoriosa
contra a burguesia de esquerda, permitindo a cada passo, desmascarar seu
caráter antidemocrático. Quanto mais audaz decisiva e implacável for a luta da
vanguarda proletária pelas palavras de ordem democráticas, mais depressa
conquistará as massas e minará os alicerces republicanos e dos socialistas
reformistas de um modo mais seguro seus melhores elementos se alinharão ao
nosso lado e mais rapidamente se identificará na consciência das massas a
república democrática com a república operária” Trotsky a
Revolução Espanhola e as tarefas dos comunistas
A palavra de
ordem “Diretas Já” que começa a se transformar em uma campanha de massas, está se
transformando no canalizador do desejo das massas de acabar com governo Temer e
o Congresso de picaretas, agregamos “Eleições Gerais” para conformar Fora Temer
e o Congresso. Essa campanha aliada a construção da Greve Geral, aos protestos
e manifestações de massa são as variáveis que podem desembocar num movimento de
milhões nas ruas. É aí que os revolucionários devem estar lutando ombro a ombro
e combatendo pela construção de comitês de base. E no interior deste movimento
se conectando com os melhores lutadores e ativistas explicando os limites do
reformismo e a necessidade da auto-organização do povo trabalhador.
Golpear juntos, marchar separados
É fato que a
liderança do amplo movimento operário está sob direção dos reformistas, em
especial na classe operária. O PT, PCdoB, a direção da CUT deram sobrevida a
velha corja de políticos burgueses colonizando por anos a consciência da classe
trabalhadora com a política de conciliação de classes.
Essa mesma
liderança hoje defende “Diretas Já” e ao mesmo tempo discutem nos bastidores
uma aliança com “setores democráticos” da burguesia nacional. Não temos ilusões
nessa política e temos consciência dos limites da democracia burguesa. Porém
esta mesma liderança já está demonstrando seus limites, os reformistas em
última instância defendem as podres instituições, só querem dar uma forma mais
humana ao sistema.
Mas justamente por serem a direção eles sofrem a pressão da
base para mobilizar, para enfrentar o verdadeiro bombardeio da retirada de
direitos. É nestas situações que estamos com a base exigindo das direções a
luta até o fim. E claro, se eles declaram que estão com a base neste ponto
estaremos juntos. A relação, portanto, a confiança entre a base e a direção só
pode ser testada nestas condições.
Somente na
ação concreta da luta de classes é que uma nova liderança pode ser construída e
todo movimento neste sentido é progressista, mas deve-se ter todo cuidado para
não nos confundirmos. Mantemos nossas posições políticas e nossa independência
ao mesmo tempo que combatemos junto pela vitória da luta.
“(...) a luta pelas tarefas mais elementares de
independência nacional e da democracia burguesa é combinada com a luta
socialista contra o imperialismo mundial. Nesta luta, as palavras de ordem
democráticas, as reivindicações transitórias e as tarefas da revolução
socialista não estão separadas em épocas históricas distintas, mas decorrem uma
das outras” (Programa de Transição,
Leon Trotsky, 1938).
A Frente Única é
sempre o fio da navalha, combatendo junto com a base e construindo com a
direção propostas que impulsione o movimento resguardando nossas posições
políticas e independência é a condição fundamental para vitória.
De outro
lado tem aqueles que rejeitam a Frente Única e as palavras de ordem
democráticas transitórias (na atual conjuntura). Alguns defendem a tese que
campanha Diretas Já dará legitimidade às instituições e estabilidade ao regime.
Esse raciocínio é completamente formal, o que o movimento concreto demonstra é
exatamente o contrário, os comícios Diretas Já no Rio, São Paulo e Belo Horizonte
reuniram dezenas de milhares gritando Fora Temer e Diretas Já. No fundo se
abstém de combater no interior da classe, na verdade é falta de confiança no
proletariado e sua capacidade de compreender a política revolucionária. A luta
pela unidade da classe, portanto de uma política de Frente Única, é a única
tática que possibilita a vitória.
Greve Geral 30 de Junho e Diretas Já
Construir a
Greve Geral de 30 de junho é tarefa prioritária na conjuntura, todo esforço
deve se concentrar nela. É a grande oportunidade de mais uma vez mobilizar
milhões e nocautear Temer e o Congresso. A construção de comitês para construir
a greve, podem se transformar em comitês amplos pelas Diretas Já, nos locais de
estudo, trabalho e moradia, podem se transformar em assembleias abrindo caminho
para a auto-organização. Esta é uma possibilidade que não pode ser descartada. Não
existe contradição entre Diretas Já e Greve Geral, elas se fundem no sentido da
mobilização e do objetivo de colocar abaixo Temer, o Congresso e as contrarreformas.
Concentração Lgo da Batata São Paulo noite de 28 de abril |
O PSOL
poderá cumprir um papel relevante se colocando como ponto de apoio para
construção da unidade da classe, na mobilização independente da classe, na
construção da Greve Geral do dia 30 de
junho e da campanha Diretas Já, se credenciando mantendo uma política de
independência de classe, a conquistar corações e mentes de milhões, se
credenciando como uma alternativa para a classe trabalhadora.
As condições
para o desenvolvimento positivo da situação do ponto de vista da classe operária
e da juventude são promissoras, as possibilidades para o avanço da consciência
e a abertura às ideias revolucionárias são enormes. Apesar de desafiador, está
aberto um período que colocará a luta em um novo patamar, abrindo caminho para a
auto-organização e a luta por uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária,
onde aqueles que produzem as riquezas possam decidir democraticamente o seu
destino, uma sociedade socialista.
TODA FORÇA A
GREVE GERAL! NENHUM DIREITO A MENOS!
CONSTRUIR OS
COMITÊS DESDE A BASE, UNIDADE DA CLASSE!
DIRETAS JÁ E
ELEIÇÕES GERAIS!
VIVA A LUTA
DA CLASSE TRABALHADORA E DA JUVENTUDE!
VIVA A LUTA
PELO SOCIALISMO!
São Paulo 21 de Junho de 2017
Coordenação
Nacional
terça-feira, 13 de junho de 2017
TSE (Tribunal Superior Eleitoral) VERGONHA NACIONAL!
Por *Severino Nascimento (Faustão)
Com um resultado apertado de 4 X 3 e com a complacência do Presidente
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Gilmar Mendes, que deferiu o “Voto de
Minerva” absolvendo a Chapa Dilma - Temer.
Este resultado frustrou a maioria da população que esperava pela
condenação e o afastamento do governo ilegítimo e corrupto de Temer.
TSE Julgamento da Chapa Dilma-Temer Época 8/6/17 |
O resultado final desse episódio já era previsto pelo papel
que cumpre essas instituições, que seguem dando sustentação ao governo ilegítimo.
O que ficou explicito é que o judiciário não é técnico, ou seja, os juízes
julgam observando os componentes da conjuntura política e isso ficou claro quando
o Presidente do TSE, Gilmar Mendes proferiu seu voto.
Presidente do TSE Gilmar Mendes durante julgamento Veja/Abril 8/6/17 |
Outro elemento que chamou atenção foram os advogados de
defesa de Temer e Dilma, trabalhando em conjunto na defesa da Chapa, como se nada tivesse ocorrido, para um desavisado, Dilma defendeu a continuidade do
mandato do ilegítimo Temer, impeachment e “golpe” pareciam assunto de outro
país. Só podemos chegar a conclusão que para derrotar Temer e suas contrarreformas é pressuposto construir a unidade dos trabalhadores e da juventude com muita
mobilização e assim efetivamente, virar essa situação. Não se pode depositar a
mínima confiança nas instituições podres do estado burguês. Temos que lembrar sempre que sua existencia é para resguardar um conjunto de leis para manter a exploração e os interesses da
burguesia e não da maioria do povo trabalhador.
Largo da Batata São Paulo noite da Greve Geral 28/4/17 |
Neste momento é fundamental construir uma forte greve geral
no dia 30 de Junho, para botar para fora o Temer e barrar todas as contrarreformas.
É necessário que o exemplo da greve do dia 28 de abril, seja seguido de forma
pratica, pois existem elementos suficientes para fazermos uma greve vitoriosa
com possibilidades enormes de barrar os ataques da burguesia contra nossos direitos e conquistas.
Assembléia de fábrica de vidros no Vale do Paraíba - SP |
Ao mesmo tempo nenhuma uma confiança e muito menos negociação
no interior do congresso nacional, são os trabalhadores nas ruas mobilizados
construindo os comitês de greve nas Escolas, Fábricas, Universidades e nos
bairros. Na linha da frente única, com a unidade dos trabalhadores e da
juventude, podemos dar uma resposta as manobras do judiciário que cumpre o papel de
vassalo da burguesia.
M-LPS no Ocupa Brasilia em 24/05/17 |
É hora de irmos para cima e criar as condições para derrubar
esse governo corrupto do Temer e seu pacote de maldades contra os
trabalhadores.
TODA FORÇA NA GREVE GERAL DE 30 DE JUNHO!
NENHUM DIREITO A MENOS!
DIRETAS JÁ E ELEIÇÕES GERAIS!
VIVA A LUTA DA CLASSE TRABALHADORA E DA
JUVENTUDE!
* Faustão
é da direção executiva da Confederação Nacional dos Químicos da CUT (CNQ-CUT) e
membro da Coordenação Nacional do M-LPS
sábado, 10 de junho de 2017
Multinacional demite operário por ter participado do Ocupa Brasilia!
Por Coordenação Nacional M-LPS
No dia 8 de junho recebemos a noticia que um companheiro operário havia sido demitido por justa causa com a alegação que teria quebrado a confiança e participado de um protesto em Brasília, inclusive a gerência apresentou fotos do facebook.
O caso aconteceu em uma fábrica de vidros, a Cebrace em Jacareí interior de São Paulo. Esta empresa é uma das maiores produtoras de vidro plano do país e faz parte do Grupo multinacional francês Saint Gobain. Esta multinacional tem várias plantas no país de transformação de vidro, abrasivos entre outras, além de ser também proprietária da rede Telha Norte de material de construção.
E a arbitrariedade é mais selvagem, pois o companheiro Piva está no exercício do mandato de cipeiro eleito pelos trabalhadores.
Imediatamente o Sindicato dos Vidreiros marcou uma Assembleia na fábrica para esclarecer a situação e mobilizar os operários contra esta medida da empresa.
O companheiro Piva tem mais de 15 anos na empresa e estava em seu quarto mandato como cipeiro.
Sob a direção do Sindicato, foram realizadas assembleias em todos os turnos e por unanimidade foi aprovado apoio e solidariedade e a abertura de negociação com a empresa para readmissão do companheiro.
Na próxima semana o Sindicato iniciará uma campanha de Moções e já tem uma assembleia marcada onde desde já, convidamos todos
lutadores, democratas, movimentos sociais, sindicatos para se somarem a esta luta.
A demissão do companheiro é uma atitude que afronta os direitos democráticos e de organização sindical.
De nossa parte, empenharemos todos esforços pela readmissão do companheiro.
MEXEU COM UM MEXEU COM TODOS!
READMISSÃO IMEDIATA DO COMPANHEIRO PIVA!
São Paulo 9 de junho de 2017
Coordenação Nacional M-LP
quarta-feira, 7 de junho de 2017
Agora é Construir a Greve Geral em 30 de Junho
Por *Severino Nascimento (Faustão)
Faustão na Plenária de constituição do M-LPS em 1º de maio |
Desde a crise de 2008 o mundo passa por um processo de muita
turbulência política, social e econômica. Todo esse processo advindo do
aprofundamento da crise capitalista, resulta nos mais brutais ataques à classe
operária e ao proletariado em todos os cantos do planeta desde a segunda guerra
mundial, direitos elementares são ameaçados pelos
governos subservientes do capital. Ao mesmo tempo existe uma resistência
extraordinária da classe operária e da juventude como temos acompanhado nas inúmeras
manifestações dos trabalhadores defendendo os seus direitos em vários países. Esses
acontecimentos demonstram que só a luta pode abrir uma perspectiva de futuro diferente
da ordem vigente.
O que estamos assistindo no mundo não são obras do acaso, é a
afirmação de um projeto pensado e articulado pelo imperialismo internacional em
defesa dos seus interesses, e para isso, estão dispostos a esmagar todos que se oporem
a essa tentativa de destruição dos direitos conquistados pelos trabalhadores,
ou seja, é a luta de classe que está viva.
No Brasil após os longos anos do governo de coalizão do PT
com setores da burguesia, ou seja, com a política de conciliação de classe que serviu
não só para fortalecer os capitalistas, mas também para a desmoralização do
próprio partido e seus dirigentes, hoje muitos deles estão sendo acusados por
corrupção e enriquecimento ilícito e muitos condenados e presos.
O saldo dessa política de querer mostrar para a burguesia que
era confiável e que saberia administrar o estado burguês serviu para elevar de
forma extraordinária os lucros dos capitalistas, mas também pavimentou uma via
para que a burguesia se fortalecesse e retomasse o comando do governo com seus métodos
escusos. As consequências desse triste episodio estamos assistindo, com a
chegada do governo ilegítimo do Temer que vem tentando, junto com um congresso
de corruptos, a retirada de direitos históricos da classe trabalhadora e da
juventude.
A única forma de vencer esta batalha é construir a unidade da classe para
enfrentarmos os inimigos do povo que são o congresso nacional o governo Temer.
Passeata em Recife na Greve Geral 28 de abril |
O fundamental para atingir este objetivo é que as centrais
sindicais, os movimentos sociais, as organizações políticas e os partidos que se reivindicam das lutas da classe trabalhadora entrem em ação para dialogar dia e noite com todos os trabalhadores
construindo a próxima Greve Geral desde a base, organizando Comitês nos locais
de trabalho, moradia e de estudo. Esses Comitês podem abrir a via para
auto-organização e aumentar ainda mais a confiança da classe operária, do povo
trabalhador e a juventude para tomar seus destinos em suas próprias mãos.
Nós, do M-LPS, buscaremos impulsionar comitês
desse tipo, na linha da frente única, abertos à participação de todas as
organizações de trabalhadores, movimentos sociais, trabalhadores, jovens etc. Esta unidade é fundamental para barrar as contrarreformas que
visam retirar direitos e ainda para avançar na luta de classes no próximo
período.
Assembléia da Greve Geral em fabrica de Vidros no Vale do Paraíba - SP |
A Greve Geral do último dia, 28 de abril foi um passo gigantesco
que paralisou mais de 40 milhões de trabalhadores e que culminou na grande Marcha em Brasília no dia 24 de maio. A entrada da classe trabalhadora em cena
libera forças que estavam acumuladas e demonstra que é possível uma Greve
Geral até a derrubada do ilegítimo e corrupto Temer.
É verdade que este governo ilegítimo “acabou”, mas ele não
vai cair sozinho, precisa ser empurrado para cair de vez. A burguesia está
dividida sobre qual solução para acabar com este governo, porém está unida para
implementar as contrarreformas e faz todas as manobras para procrastinar as ações contra Temer que tramitam no judiciário.
É nesse momento que a CUT como a maior central sindical do
país, tem um papel importante a cumprir, além de mobilizar as suas bases, articular a unidade com todos os movimentos sociais e discutir a
possibilidade, de uma greve geral por tempo indeterminado em defesa dos
direitos, derrubando as contrarreformas e pondo abaixo o governo e o Congresso, em
sua maioria de corruptos.
É nesse cenário de mobilizações e de luta, que o M-LPS
se coloca ombro a ombro com todos os trabalhadores e a juventude juntos nesse combate. Está chegando a hora da classe operária e da juventude
dar outra demonstração de unidade e força contra todos que queiram retirar os direitos
históricos do povo trabalhador.
É hora dos sindicatos, movimentos sociais, partidos e
organizações de esquerda jogarem pesado no processo de mobilizações. É possível
e necessário colocar todos em movimento. O Calendário de mobilização acordado na reunião das Centrais deve ser colocado em prática unitariamente.
Ocupa Brasilia 24 maio, mostrou a força da unidade |
O momento é grave, qualquer saída negociada com os partidos
burgueses não será perdoada, a exigência de Diretas Já e Eleições Gerais deve estar no centro do combate, para varrer Temer e o Congresso. É no desenvolvimento
desta luta que apresentamos a proposta de Convocação de uma Assembleia
Constituinte Soberana onde o povo dará a palavra.
Temos que ser duros nesse combate, a burguesia tenta
encontrar uma saída negociada por dentro das instituições podres e decadentes
do capitalismo, não podemos vacilar nesse momento, sob pena de perdermos tudo
que foi conquistado com muita luta sangue e vidas de gerações do povo trabalhador.
Nenhuma conciliação com esse governo e o congresso de
corruptos, nenhum direito a menos. Agora é intensificar as mobilizações preparando desde a base uma grande Greve Geral no dia 30 de junho. A vitória nos espera
na luta, continuamos firmes na luta pelas reivindicações democráticas,
econômicas do povo trabalhador e da juventude, e para construirmos outra sociedade, onde a satisfação das necessidades humanas
esteja acima do lucro, uma sociedade sem explorados e exploradores, uma
sociedade socialista.
TODA FORÇA NA GREVE
GERAL DE 30 DE JUNHO! NENHUM DIREITO A MENOS!
FORA TEMER E O
CONGRESSO!
DIRETAS JÁ E ELEIÇÕES
GERAIS!
VIVA A LUTA DA CLASSE
TRABALHADORA E DA JUVENTUDE!
domingo, 4 de junho de 2017
Participamos do ato SP pelas DIRETAS JÁ!
* Por José Carlos Miranda
Hoje participei, junto com camaradas do M-LPS do ato SP Diretas Já no largo da Batata em São Paulo convocado pelas redes sociais por artistas e Blocos de Carnaval e em poucos dias foi um sucesso, milhares atenderam a convocação e participaram.
Faixa do M-LPS Diretas Já desde o início do Ato! |
Também houve uma "contra convocação" dizendo que o ato SP por "Diretas Já" era do tipo "sem bandeira, sem partido". Muita juventude, militantes veteranos, bandeiras da CUT, CMP, PT, MTST, equivocaram-se companheiros e companheiras, havia partidos e bandeiras.
Bandeiras e militantes das centrais e de partidos e movimento |
Chegamos por volta do meio dia e esticamos nossa faixa do "M-LPS Diretas Já" que tem uns 5 metros de comprimento por 1,60 de altura. Uma situação inusitada, muita gente querendo fotografar a faixa, fazendo "selfies" com o punho erguido, trazendo inclusive os filhos e foram muitos.
Com certeza era uma ato com participação espontânea.
Milhares presentes as 16h - Reprodução Revista Fórum |
Repito foram milhares hoje no Largo da Batata em São Paulo por Fora Temer - Diretas Já!
E todos os artistas que se apresentaram gritaram as palavras de ordem e se posicionavam frente ao governo Temer e a situação política do país.
O "Arrastão dos Blocos" uma associação de mais de 40 Blocos carnavalescos com letras muito bem humoradas, durante todo o ato cantaram suas músicas com letras de forte conteúdo humorístico e de combate contra Temer e os capitalistas, sempre com uma excelente bateria bateria acompanhando.
As 11:30 Chico César iniciou o Ato e apoiou os movimentos que ocuparam a Secretaria de Cultura em São Paulo |
Péricles gritou Fora Temer |
Crioulo condenou o prefeito Dória pela recente ação na "cracolândia" |
Mano Brow o último e levantou a galera com um discurso contra Temer e por Diretas Já |
Não temos ilusões no que os reformistas e democratas chamam de "estado democrático de direito", mas defendemos e lutamos com todas as forças pelos direitos e liberdades democráticas.
A compreensão da Frente Única e a construção das táticas adequadas que conectam os interesses imediatos aos interesses históricos do proletariado, é uma árdua tarefa.
E ainda tem o obstáculo enorme de superar a política reformista da colaboração de classes e de respeito às instituições burguesas.
Como a história já demonstrou inúmeras vezes os reformistas raramente vão até as últimas consequências na luta por reivindicações democráticas. E ao contrário os marxistas revolucionários quando sob orientação da tática correta da Frente Única são os mais consequentes defensores das liberdades democráticas, se utilizando destas como palavras de ordem transitórias, ligando essas lutas, a luta pelas reivindicações da classe operária e do proletariado, combatendo com paciência e firmeza para transformar as mobilizações destas mobilizações em luta contra o capital.
Aí está a diferença fundamental entre os reformistas e os revolucionários, e claro diferença também com os sectários que se recusam a utilizar as palavras de ordem democráticas transitórias e continuam a bradar raivosamente contra os "iludidos com a democracia burguesa."
Neste momento a luta Diretas Já, começa a assumir o desejo profundo de "mudar tudo o que esta aí " e pode se transformar em um enorme movimento de massas na direção de derrotar a manobra golpista da eleição de um presidente biônico para impor as contrarreformas de Temer.
Esse movimento pode dar um salto na consciência das massas e os elementos mais conscientes podem se conectar as ideias socialistas abrindo caminho para auto organização e para a luta contra o capitalismo. Seguramente hoje foi mais um passo onde setores das massas começam a ter contato, em especial a juventude, com a luta política.
Este é o desafio posto aos marxistas revolucionário combater para este movimento se transformar num movimento de massas e no seu desenvolvimento apresentar de forma adequada, porém firme, as idéias revolucionárias. O primeiro passo, sempre é colocar a classe em movimento e a palavra de ordem Diretas Já, para além de objetivamente combater contra a manobra da eleição de um presidente biônico, inicia o que pode se transformar em um enorme movimento de massas.
Diretas Já e Eleições Gerais!
* Miranda é da Coordenação Nacional do M-LPS e veterano militante do movimento operário brasileiro e internacional
sexta-feira, 2 de junho de 2017
Após 24 de maio, avançar a luta e a organização de classe
Declaração do Movimento
Luta Pelo Socialismo (M-LPS)
*Por Coordenação Nacional
O chamado “15M” foi a mobilização nacional com importantes greves em todo país e centenas de milhares
nas ruas. A entrada em cena da classe trabalhadora modificou a situação.
A greve geral do dia 28 de
abril consolidou a virada na situação política do Brasil. Até
então a ofensiva política estava nas mãos da burguesia, aliada do imperialismo,
desde a manobra parlamentar-midiática que encerrou
o governo de colaboração de classes de Dilma e o PT, através da farsa do impeachment que preservou os representantes da
burguesia nele. O objetivo real era atacar o proletariado e as massas
trabalhadoras em todas as frentes visando aumentar a exploração do trabalho
assalariado retirando direitos conquistados e reduzindo salários. Um ataque que
a burguesia considerava que Dilma não seria mais capaz de realizar. Não com a
intensidade, nem com a velocidade que impedisse a classe trabalhadora de
reagir.
Aécio, Temer e Joesley |
A entrada em cena da classe trabalhadora
A maré enchente contra o governo Temer e suas reformas não para de crescer desde a manifestação em 8 de março das mulheres e as paralisações e manifestações em 15 e 31 de março já anunciavam que uma virada iria acontecer. A grandiosa greve geral de 28 de abril faz uma reviravolta no cenário político brasileiro.
28 de Abril mais de 35 milhões paralisam na Greve Geral |
Mais de 150 mil marcham em Brasilia 24 de maio |
Um novo alento é dado às manifestações. Curitiba,
10 de maio, manifestação popular em solidariedade ao Lula com mais de 40 mil
pessoas. Em 24 de maio, 150 mil trabalhadores presentes na marcha do Ocupa Brasilia.
A repressão da Polícia Militar ataca gratuitamente a marcha dos manifestantes.
Mais de 100 mil em Copacabana pedem Diretas Já |
Assembleia em fábrica de vidros no ABC Paulista contra co-participação |
No momento
que estamos escrevendo este artigo passeatas do movimento de moradia em São
Paulo com milhares de participantes por Diretas Já estão sendo feitas, protestos pela saída do
secretário de cultura de São Paulo que ameaçou ir as “vias de fato” com um
agente cultural, acirramento da disputa de terras no Pará provocando chacinas,
fábricas no ABC paulista começam a mobilizar contra demissões e medidas de
corte como a chamada “co-participação” dos convênios médicos. A entrada da
classe trabalhadora na arena divide e desespera ainda mais a burguesia e o
ilegítimo governo Temer.
Todas essas mobilizações bateram muito pesado no governo e no
Congresso. A burguesia brasileira foi com sede ao pote em sua manobra
parlamentar e pressionou seus representantes políticos a impor uma agenda de
contra-reformas das mais profundas e brutais da nossa história acobertada por
uma mídia que instaurou o ódio de classe no Brasil. Na orgia da farra fiscal do
desacreditado Temer, querendo pilhar e saquear a República não se deram conta
que era uma questão de tempo para o descontentamento popular sair do subterrâneo
e aflorar à superfície como a obra invisível de uma velha toupeira. Agora todos
estão colhendo o que semearam. Está se formando no horizonte um tsunami que
cresce e que pode vir na direção das classes dominantes, se chocando com elas.
A burguesia cada vez mais dividida, mas nada está
decidido
A ofensiva das massas fez fracassar todos os
planos. O plano da Globo de substituir rapidamente o debilitado Temer por um
presidente biônico, eleito indiretamente pelo Congresso dos ladrões, fracassou.
Igualmente fracassou a tentativa de sitiar o Distrito Federal com
apoio dos militares, buscando uma reedição farsesca e grotesca do Ato
Institucional nº 5 da ditadura militar. Por duas vezes os militares recuaram.
Agora atenção! Atolado em denúncias, completamente
desacreditado não somente com o povo que o via como ilegítimo desde que
assumiu, mas junto à classe em nome da qual pretende aprovar as violentas
contrarreformas citadas, Temer se agarra à faixa presidencial da mesma forma
que um condenado à guilhotina se agarra aos pés do cadafalso. Como um
tubarão morto no convés do navio ainda pode ferir gravemente com seus espasmos.
Recusa-se a renunciar, enquanto tenta, com dinheiro
público, comprar uma aparência de “normalidade” em uma situação completamente
anormal.
Por outro lado, Lula recusou o “acordão” da indiretas com o PSDB e PMDB, porque não
tinha nada a ganhar com ele e tem outros planos para um possível governo de
coalizão. Apesar das declarações públicas contra Temer, favoráveis às diretas
já e contra as reformas de retirada de direitos, Lula se mantem reservado em
mobilizar as massas. Da mesma forma, as direções reformistas no movimento
operário são obrigadas a irem mais longe do que desejariam ir, mas puxam o
freio de mão nas manifestações. Como vimos no Ocupa Brasilia em que a direção da CUT e outras centrais pediram para seus blocos não irem em marcha até o Congresso.
O contra ataque da burguesia já começou e vai se
concentrar na votação pelo Senado da reforma
trabalhista no dia 6 de junho. É um erro estúpido considerar que, mesmo com sua
maior crise de legitimidade, a burguesia está em estado terminal. Ela dispõe
ainda do aparelho do Estado e de enormes recursos econômicos e financeiros para
continuar sua guerra contra o proletariado. Mas a crise de legitimidade, que
contrapôs as classes dominantes contra a esmagadora maioria do povo brasileiro
liberou forças centrífugas incontroláveis.
Até agora nenhum acordo foi possível
no Congresso para achar uma alternativa que viabilize as eleições indiretas.
Com Temer ou sem ele, a burguesia continua dividida, seus representantes no
parlamento cada vez mais desmoralizados perante a população, a mídia brigando
entre si ,e o STF, resolveu fazer operação tartaruga. As denúncias a Temer e sua
relutância em renunciar aprofundam a crise política e ameaçam todas as
instituições.
A burguesia hesita em remover Temer rapidamente, com receio de
iniciar um efeito dominó e assim transfere a iniciativa ao proletariado, que
pode chegar à conclusão de que será confiando em suas próprias forças, através
da auto-organização independente que poderá enterrar esse governo e todas suas
reformas definitivamente.
É hora de avançar
Nunca a situação foi tão favorável para o movimento
de massas avançar na luta pelas Diretas Já e na organização pela base de uma
Greve Geral capaz de por abaixo o governo corrupto de Temer.
As centrais
sindicais marcaram indicativamente o período dia 26 a 30 de junho para uma nova
greve geral. Mas os prazos podem se encurtar por conta da votação no Senado da
reforma trabalhista. É necessário ter a compreensão que somente pela linha da
frente única, da unidade das organizações operárias em defesa de suas
reivindicações, que será possível avançar nestas jornadas de lutas,
pressionando as direções tradicionais da classe trabalhadora a não recuarem
perante o confronto de classe contra classe que está colocado pela situação
política. Este é o caminho que o PSOL e a Esquerda Socialista devem investir e
que abre as condições favoráveis para impor uma grande derrota política à
burguesia e a patronal.
O Movimento
Luta Pelo Socialismo (M-LPS) combate ombro a ombro com as demais organizações
operárias, na unidade do “front” proletário. Somos componentes da classe
trabalhadora e defendemos todos os interesses imediatos, econômicos e
democráticos do proletariado assim como seus interesses futuros de emancipação como obra dos próprios trabalhadores. Ao mesmo tempo
asseguramos nosso passaporte de independência política, nossas campanhas e
nossas iniciativas políticas.
As nossas
tarefas imediatas se concentram na preparação da Greve Geral, constituindo na base Comitês de Luta onde as condições o permitirem. Estes comitês podem auxiliar a
classe trabalhadora a constituir sua própria auto-organização.
Avançamos na
campanha por DIRETAS JÁ E ELEIÇÕES GERAIS, com essa palavra de ordem dialogando
com o amplo espectro político das organizações operárias, dos
movimentos sociais e com o sentimento das massas. Esta é a maneira para avançar o nível de
consciência, de organização e experiência com os limites do reformismo.
Não as Reformas Trabalhistas e da Previdência - Nenhum Direito a Menos!
Fora com a República dos 1% - Nenhum Acordo Sem o Povo!
Organizar Desde a Base a Nova GREVE GERAL para Derrubar as Contra-Reformas!
FORA TEMER E
O CONGRESSO! DIRETAS JÁ E ELEIÇÕES GERAIS!
São Paulo, 1 de junho de 2017
*Coordenação
Nacional do Movimento Luta Pelo Socialismo eleita na Plenária Nacional em 1º de maio de 2017
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